(English Version Bellow)
Ainda no recobro do Brexit e a encarar, com custo, a realidade de que a União Europeia não corresponde à utopia sonhada por unificadores como Konrad Adenauer, Jean Monet, Robert Shuman e o britânico Winston Churchill, a mesma realidade que me levou a escrever, para o Instituto Diplomático, um livro sobre a necessidade de uma maior cooperação transnacional assente na cultura, o Porto continua a deslumbrar-me pela sua vocação aberta e secular que ultrapassa fronteiras e que nos une não só ao Reino Unido como a outros antigos aliados da velha Europa. Se há um elemento capaz de unir os nossos dois países em interesses e tradições comuns, esse é certamente o Vinho do Porto.
Depois da irrepetível Regata de Barcos Rabelo da Confraria do Vinho do Porto, tive o privilégio de conhecer um dos principais membros da chancelaria desta entidade, que difunde, promove e consolida o nome do Vinho do Porto em todo o Mundo e cuja sede é o Palácio da Bolsa. Na foto, estou com o elegantíssimo Fiel das Usanças da Confraria, Manuel Maria de Magalhães Ferreira. A Confraria do Vinho do Porto possui, como regulamento interno as Usanças, que regulamenta ao pormenor todas as acções e actividades da Confraria. São as Usanças que definem o traje de cerimónia dos Confrades, inspirados no vestuário do seu patrono, o Infante D. Henrique. Repararem com atenção na fita verde e rubra que pende do pescoço do Fiel das Usanças: dela pende uma tambuladeira, que é um “taste-vin”, com o formato tradicional do século XVII para provar, degustar e verificar as carcaterísticas (cor, transparência, aroma e estado de sanidade) do Vinho do Porto (na foto não se vê bem, mas podem ver melhor os trajes na página da Confraria).
Já antes tive a oportunidade de conhecer e entrevistar um Membro honorário da Confraria do Vinho do Porto, Manuel de Novaes Cabral, que é também presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, uma instituição historicamente ligada aos nossos melhores vinhos e que abre as suas portas ao público, como vos conto aqui.
É bom ver o Vinho do Porto assim acarinhado e a expandir horizontes. Mesmo com o Reino Unido fora da União Europeia, e com todas as incertezas que agora ganham outras dimensões, a aliança do Vinho do Porto, essa, vai perdurar.
Still recovering from Brexit and facing the fact that the European Union does not correspond to the unifying dream conceived by Konrad Adenauer, Jean Monnet, Robert Schuman and the British Winston Churchill and that motivated me to write a book about the need for greater transnational cooperation based on culture (see it here), Port Wine continues to amaze me by his open and secular vocation. It transcends borders and unites us not only to the United Kingdom but also to allies of old Europe. If there is one element that unites our two countries on common interests and traditions, this is certainly Port Wine.
After the unique Rabelo Boats Regatta promoted by the Port Wine Brotherhood, I had the privilege of meeting one of the key members of this entity, which disseminates, promotes and consolidates Port Wine name throughout the world and whose seat is the magnificent Palácio da Bolsa. In the photo, I’m with the elegant Warden of Usages, Manuel Maria Magalhães Ferreira. The Usages define the black tie of the Brotherhood, inspired by the clothing of their patron, Prince Henry. See the green and red tape that hangs from the Warden of Usages neck: it holds a tambuladeira, which is a “taste-vin”, with the traditional seventeenth century format to taste, enjoy and check characteristics (color, transparency, aroma and health status) of Port (pictured does not see well, but can better see the costumes in the Brotherhood’s site).
I had already have the opportunity to meet and interview an honorary member of the Brotherhood, Manuel de Novaes Cabral, who is also president of the Institute of Douro and Port Wines, an institution historically linked to our best wines and that is open for you to visit, as I already revealed in a previous article.
It is good to see the Port wine so cherished and expanding its horizons. Even with the UK outside of the European Union, and with all the uncertainties that now are upon us, the alliance of the Port Wine will endure.
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