Conteúdo deste artigo:
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- 2 As Alvoradas Chegar à Praça da República, no coração da cidade, de manhã cedo e sentir o poderoso « trovoar » dos bombos das terras de Viana a encher cada molécula de ar é uma experiência única, que tem de ser vivida no local. Não há gravação que consiga reproduzir as batidas das ondas sonoras, geradas pela força dos tocadores de bombos, a repercutirem em cada poro do nosso corpo. É mesmo uma sensação de estar vivo. Quem toca os bombos e também as concertinas são as mesmas gentes que o fazem há gerações, os mesmos rostos, por vezes sofridos, tão bem pintados pela mestria de José Malhoa. E naqueles rosto vejo todo o Minho. Nos sons que dão à cidade, há uma força que resiste à dureza da vida e que se reafirma a cada dia. Se não têm tempo para mais, este é o momento das festas que não devem perder, se querem ver a alma do Minho na sua plenitude.
- 3 A Revista de Gigantones e Cabeçudos « Vamos ver os gigantones ! » era talvez o que os meus pais mais me ouviam dizer nos dias de festa d’Agonia. Estes bonecos de figura humana, que podem chegar aos 4 metros de altura, chegam a pesar 30 kilogramas, pelo que o movimento de quem resiste a suportá-los aos ombros consiste basicamente numa oscilação para cima e para baixo, o que lhe confere uma graça especial, sempre acompanhando o ritmo dos bombos tocados por zés-pereiras. Andam sempre a par e envergam trajes de cerimónia ou populares. E são, claro está, um dos alvos favoritos dos fotógrafos. Praça da República
- 4 O Desfile de Mordomia Este é um desfile de elgância, em que pode ver de as vaidoas mordomas minhotas a desfilarem os seus bonitos trajes negros abrilhantados pelo ouro tecido em filigrana que passa de bisavó para avó, para mãe, para filha, para neta… São vidas que estas raparigas trazem ao peito , em jóias trabalhadas por artesãos experientes e de uma criatividade sempre renovada.
- 5 O Cortejo Histórico-Etnográfico Durante mais de duas horas, com mais de 3.000 figurantes, o cortejo histórico-etnográfico é o momento mais alegre das Festas da Sra. Da Agonia. A abri-lo estão as bonitas minhotas de trajes vermelhos, de todas as idades. Depois, uma série de carros alegóricos anima a passagem da festa pelas ruas de Viana. Lembro-me bem de esperar com ansiedade a passagem do carro dos chouriços e broa – é que este carro distribui estas iguarias regionais pelo público, além de ainda oferecer copos de vinho verde, tudo em pleno andamento !
- 6 Os Tapetes Floridos das ruas da Ribeira e Procissão ao Mar Todos os anos as famílias dos pescadores vianenses esmeram-se a enfeitar, durante toda uma noite, de sábado para domingo, as ruas da ribeira com sal colorido, com temáticas variadas, mas sempre em homenagem à santa padroeira dos pescadores, a Sra. D’Agonia. É sobre estes tapetes que passa, ao início da tarde, a procissão dos pescadores com a figura da santa, até ao mar. Em procissão, os pescadores carregam o andor com a figura da Sra. Da Agonia a partir da igrega com o mesmo nome e levam-na até uma embarcação, onde é acompanhada por mais de cem barcos numa procissão pelo rio Lima adentro. De regresso, os pescadores transportam o andor pelas ruas floridas de regresso à igrega. De manhã pode ver os tapetes floridos já prontos e à tarde acompanhe a Procissão ao Mar.
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- 8 5. O Fogo de Artifício Um fogo de artifício torna-se especial pelo local onde acontece. E Viana, com um cenário de uma beleza bucólica monta um dos mais bonitos do país. As festas têm 3 espectáculos de fogo de artifício (dias 17, 18 e 19), mas o principal é o que acontece nas margens do rio. A Ponte Eiffel exibe uma cascata de fogo dourado e o rio reflecte a miríade de cores que enche o céu. À meia-noite no Jardim Marginal
- 9 À meia-noite no Campo d’Agonia.
- 10 Consulte as datas específicas e o Programa completo de 2021 aqui.
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- 12 #vianadocastelo #viana #senhoradagonia #festasdagonia #vinhoverde #mordomas #minho #portugal #filigrana #ouro #tradição #festaspopulares
As Alvoradas
Chegar à Praça da República, no coração da cidade, de manhã cedo e sentir o poderoso « trovoar » dos bombos das terras de Viana a encher cada molécula de ar é uma experiência única, que tem de ser vivida no local. Não há gravação que consiga reproduzir as batidas das ondas sonoras, geradas pela força dos tocadores de bombos, a repercutirem em cada poro do nosso corpo. É mesmo uma sensação de estar vivo. Quem toca os bombos e também as concertinas são as mesmas gentes que o fazem há gerações, os mesmos rostos, por vezes sofridos, tão bem pintados pela mestria de José Malhoa. E naqueles rosto vejo todo o Minho. Nos sons que dão à cidade, há uma força que resiste à dureza da vida e que se reafirma a cada dia.
Se não têm tempo para mais, este é o momento das festas que não devem perder, se querem ver a alma do Minho na sua plenitude.
A Revista de Gigantones e Cabeçudos
« Vamos ver os gigantones ! » era talvez o que os meus pais mais me ouviam dizer nos dias de festa d’Agonia. Estes bonecos de figura humana, que podem chegar aos 4 metros de altura, chegam a pesar 30 kilogramas, pelo que o movimento de quem resiste a suportá-los aos ombros consiste basicamente numa oscilação para cima e para baixo, o que lhe confere uma graça especial, sempre acompanhando o ritmo dos bombos tocados por zés-pereiras. Andam sempre a par e envergam trajes de cerimónia ou populares. E são, claro está, um dos alvos favoritos dos fotógrafos.
Praça da República
O Desfile de Mordomia
Este é um desfile de elgância, em que pode ver de as vaidoas mordomas minhotas a desfilarem os seus bonitos trajes negros abrilhantados pelo ouro tecido em filigrana que passa de bisavó para avó, para mãe, para filha, para neta… São vidas que estas raparigas trazem ao peito , em jóias trabalhadas por artesãos experientes e de uma criatividade sempre renovada.
O Cortejo Histórico-Etnográfico
Durante mais de duas horas, com mais de 3.000 figurantes, o cortejo histórico-etnográfico é o momento mais alegre das Festas da Sra. Da Agonia. A abri-lo estão as bonitas minhotas de trajes vermelhos, de todas as idades. Depois, uma série de carros alegóricos anima a passagem da festa pelas ruas de Viana. Lembro-me bem de esperar com ansiedade a passagem do carro dos chouriços e broa – é que este carro distribui estas iguarias regionais pelo público, além de ainda oferecer copos de vinho verde, tudo em pleno andamento !
Os Tapetes Floridos das ruas da Ribeira e Procissão ao Mar
Todos os anos as famílias dos pescadores vianenses esmeram-se a enfeitar, durante toda uma noite, de sábado para domingo, as ruas da ribeira com sal colorido, com temáticas variadas, mas sempre em homenagem à santa padroeira dos pescadores, a Sra. D’Agonia.
É sobre estes tapetes que passa, ao início da tarde, a procissão dos pescadores com a figura da santa, até ao mar. Em procissão, os pescadores carregam o andor com a figura da Sra. Da Agonia a partir da igrega com o mesmo nome e levam-na até uma embarcação, onde é acompanhada por mais de cem barcos numa procissão pelo rio Lima adentro. De regresso, os pescadores transportam o andor pelas ruas floridas de regresso à igrega.
De manhã pode ver os tapetes floridos já prontos e à tarde acompanhe a Procissão ao Mar.
5. O Fogo de Artifício
Um fogo de artifício torna-se especial pelo local onde acontece. E Viana, com um cenário de uma beleza bucólica monta um dos mais bonitos do país. As festas têm 3 espectáculos de fogo de artifício (dias 17, 18 e 19), mas o principal é o que acontece nas margens do rio. A Ponte Eiffel exibe uma cascata de fogo dourado e o rio reflecte a miríade de cores que enche o céu.
À meia-noite no Jardim Marginal
À meia-noite no Campo d’Agonia.
Consulte as datas específicas e o Programa completo de 2021 aqui.
#vianadocastelo #viana #senhoradagonia #festasdagonia #vinhoverde #mordomas #minho #portugal #filigrana #ouro #tradição #festaspopulares
Texto e fotos de Vera Dantas. Todos os direitos reservados.